Diante da pandemia que estamos
enfrentando, cresce ainda mais a importância de sabermos como compreender e
manejar as necessidades da população idosa. Isso, porque, entre outros
aspectos, o envelhecimento evidencia também uma dificuldade de adaptação ao ambiente.
Além disso, saibamos que não é normal uma pessoa idosa apresentar quadro de
depressão, infecção urinária nem perda de memória, por exemplo. Tais quadros
clínicos exigem investigação criteriosa. Com o objetivo de melhor compreender os
idosos e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população idosa,
hoje conversaremos sobre imunização, por meio de vacinação, prevenção primária,
secundária e terciária.
Entre as recomendações da prevenção
primária de saúde – aos idosos – estão: dieta balanceada, atividade física,
cessação do tabagismo, evitar o consumo de álcool e estar sempre com a carteira
de vacinação em dia. A dieta balanceada se faz necessária, visto que
desnutrição e perda de peso estão relacionadas com perda funcional do idoso. A
atividade física rompe o sedentarismo e modifica os fatores de risco para
doenças causadoras de incapacidade. Além disso, o idoso precisa ser encorajado
a abandonar o tabagismo, porque, assim, entre outros motivos, ficará distante
da chance de desenvolver Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, por exemplo.
Quanto ao consumo de álcool, deve ser evitado, já que alcoolismo se relaciona,
intimamente, com câncer de fígado, cirrose hepática e hepatite, por exemplo.
Da prevenção secundária, faz parte o
rastreio de doenças em idosos assintomáticos. Tal ação se faz necessária,
porque o diagnóstico precoce de uma doença permite intervenção que trará
benefícios ao paciente. Por meio do raciocínio clínico apurado e da anamnese
(entrevista) feita com o idoso, pode-se precocemente rastrear neoplasias,
doenças metabólicas (obesidade, diabetes, hipertensão e doenças
cardiovasculares, por exemplo), osteoporose, depressão e aneurisma de aorta
abdominal, para citar apenas alguns exemplos. Quando há doença estabelecida, “entra
em campo” a prevenção terciária. Tal recurso tem como objetivo manter a
funcionalidade ou tentar recuperar o patamar anterior da saúde do idoso.
Frequentemente, a prevenção terciária conta com equipe multiprofissional na
assistência aos idosos.
Para, portanto, cuidarmos da melhor
maneira dos nossos idosos, precisamos estar atentos ao que é recomendado pela
prevenção primária, secundária e terciária de saúde. Além disso, precisamos
auxiliar os idosos no acompanhamento do calendário nacional de vacinação. Ao
compreendermos as necessidades e aflições da população idosa, melhor poderemos protegê-la.
O inverno se aproxima. Em razão disso, faz-se necessário que todos os cidadãos
assumam o compromisso de zelar pelo bem-estar, pela dignidade e pela saúde do
idoso. À medida que a solidariedade com os idosos aumenta, o poder de ação do
Covid-19 diminui – e muito.
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