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A dinâmica de um
relacionamento tóxico/abusivo, frequentemente, envolve o egoísmo, a mentira e,
principalmente, a manipulação dos sentimentos das vítimas desse tipo de
relação. Tais interações se evidenciam como danosas, porque, aos poucos, em
razão dos abusos morais e físicos, por exemplo, a vítima de relacionamento nocivo
vai perdendo a alegria de viver. Engana-se quem pensa que somente as mulheres
são vítimas dessa dinâmica maligna. Os homens também sofrem diante de um (a)
parceiro (a) manipulador (a).
Um relacionamento tóxico/abusivo, normalmente,
passa por três fases: idealização, desvalorização e descarte. Na primeira fase,
o (a) manipulador (a) finge sentir carinho e amor intenso pela vítima da
dinâmica abusiva. Na segunda fase, quando a vítima “baixa a guarda”, começa a
desvalorização: a vítima estará sempre errada e passará a sofrer violência
moral e/ou física, por exemplo. Na terceira fase – com a vítima, praticamente, sem
autoestima e exausta – vem o descarte. Tal descarte pode acontecer porque o
indivíduo manipulador encontrou outra vítima ou porque o elemento tóxico da
relação encontrou outra maneira de se divertir. Frequentemente, esse
comportamento nocivo acontece em função de variados transtornos mentais. Muitos
desses transtornos não têm cura, mas tem tratamento. O problema é que, não
raro, o (a) agressor (a) não costuma aderir ao tratamento psicológico.
Se tu és vítima de uma relação
tóxica/abusiva e não consegues sair dessa situação, não te julgo. Tomo tal
postura, porque entendo que, frequentemente, a manipulação comportamental e os
jogos emocionais são tantos que a vítima não consegue compreender o cenário ao
redor e, muito menos, reagir. Quando reage e consegue escapar da teia de
manipulação, não raro, passa a enfrentar a campanha de difamação empreendida
pelo (a) parceiro (a) manipulador (a). Assim sendo, para poder melhor lutar
contra os abusos frequentes, faz-se necessário que a vítima, do relacionamento tóxico/abusivo,
busque informações a respeito das relações tóxicas/abusivas, busque a
reconstrução da autoestima e busque o fortalecimento mental. Tal fortalecimento
pode ser otimizado por meio de um tratamento psicológico, por exemplo.
Portanto, um relacionamento
tóxico/abusivo, frequentemente, faz com que a vítima, dessa relação, perca
energia vital. Tal desgaste emocional ocorre, porque, não raro, a vítima dá
tudo de si, enquanto o outro lado da relação deseja apenas manipular e brincar
com os sentimentos do (a) parceiro (a). Estar em um relacionamento
tóxico/abusivo é como estar preso na teia de uma aranha. Assim sendo, para
escapar dessa teia, faz-se necessário que a vítima conheça a si, conheça o
material do qual a teia se constitui e, principalmente, conheça as táticas de
manipulação usadas pela referida aranha.
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