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O puerpério, ou
pós-parto, representa um período de rápidas e intensas mudanças não somente
para a mãe de um recém-nascido, como também para toda a dinâmica familiar. Tal
fato ocorre, porque o novo cenário exige reorganização para que haja efetiva
adaptação à nova rotina. Nesse contexto, é normal, por exemplo, surgirem
algumas dúvidas sobre a amamentação e sobre os sinais que são emitidos pelo
bebê. Ademais, não raro, pai e mãe (mãe e mãe ou pai e pai) também se vêem afetados
pelo medo, pela ansiedade e pela sobrecarga emocional, impostos pela pandemia. Diante
dessa realidade, vamos conversar um pouco sobre a importância do aleitamento
materno para o desenvolvimento da criança e para a saúde da mãe.
Conforme recomendação do Ministério
da Saúde, o aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até os 6 meses e
complementado, no mínimo, até 2 anos. O aleitamento materno exclusivo ocorre,
quando a criança recebe somente leite materno, sem outros líquidos ou sólidos,
com exceção de alguma suplementação prescrita pelo médico, quando necessária.
Algumas das vantagens do aleitamento materno, para a criança, estão na
composição nutricional, metabólica e imunológica ideal para o sistema
gastrointestinal e renal em amadurecimento. Além disso, a amamentação ajuda na
prevenção de doenças infecciosas e colabora também para o desenvolvimento da
cavidade bucal e para o desenvolvimento cognitivo do bebê.
Ademais, o aleitamento materno também
proporciona vantagens para a mãe. A ocitocina estimula a contração das células
musculares lisas do útero. Tal ação da ocitocina age na prevenção da hemorragia
pós-parto. Além disso, durante o aleitamento materno, ocorre a redução do risco
de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Sem falar nas vantagens
psicoafetivas do vínculo entre mãe e bebê. Outro ponto importantíssimo a ser
ressaltado é que não existe leite fraco.
Não raro, o que acaba dificultando o processo do aleitamento materno é a existência
de algum erro na hora de empreender a técnica para amamentar o bebê. É preciso
sempre observar se o bebê está bem apoiado, se o bebê está com a cabeça e o
tronco alinhados, se o corpo do bebê está próximo ao corpo da mãe e se o rosto
do bebê está de frente para a mama. Ainda é preciso observar se a pega está
correta.
Faz-se necessário, portanto, que o
aleitamento materno seja constantemente incentivado. Isso porque tal ato de
amor garante ao bebê um desenvolvimento saudável. Ademais, garante também a mãe
uma melhor qualidade de vida, visto que reduz o risco da mãe, que amamenta, ser
acometida por enfermidades. Cabe ainda ressaltar aqui que preparar esse mundo,
da melhor maneira possível, para receber as crianças que estão chegando é um
compromisso de todos. Um compromisso de todos nós com a existência humana.
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