"Ninguém vê onde chegamos: os assassinos estão livres, nós não estamos..."
(O Teatro Dos Vampiros - Legião Urbana)
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Insegurança Pública II
(O Teatro Dos Vampiros - Legião Urbana)
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Insegurança Pública II
Na última quarta-feira (8), o disparo
de uma arma de fogo, no centro de Santa Maria, em horário comercial, chocou os
moradores da nossa cidade. Tal acontecimento colaborou para o aumento da
sensação de insegurança nas ruas do coração do Rio Grande do Sul. Isso porque,
após o disparo da arma de fogo, os cidadãos passaram a ter a certeza de que, nos
próximos dias ou meses, sairão de casa, para trabalhar ou para estudar, sem
saber se haverá o retorno ao convívio familiar. Tal situação causa ainda mais
revolta, porque Santa Maria parece estar abandonada pelas autoridades que
deveriam gerenciar a questão da segurança pública.
Segundo o Artigo 6° da Constituição
Federal de 1988, segurança é um direito social. Entretanto, em decorrência do
descaso de uma parcela das nossas autoridades, acabamos nos tornando reféns da
criminalidade. Tal fato é inaceitável, porque o Estado subtrai uma quantia
considerável do nosso salário, para custear a segurança pública, por meio dos
mais variados impostos. Se obtivéssemos retorno, tudo bem, mas não recebemos o
devido retorno. Muito pelo contrário, tornamo-nos presidiários, ao não podermos
sair de casa, em determinados horários, tidos como perigosos. O correr do
relógio não é perigoso, perigosa é a omissão de uma parcela das nossas
autoridades. O ato de se omitir é perigoso.
“Ninguém vê onde chegamos: os
assassinos estão livres, nós não estamos”. Tal trecho da canção, composta por
Renato Russo, poderia ser utilizado para representar a insegurança pública que
assola a cidade de Santa Maria. Em função disso, não podemos cruzar os braços
diante da apatia de algumas das nossas autoridades. Isso porque, se nos
calarmos, estaremos aceitando a barbárie como um acontecimento normal. Por onde
andam os responsáveis pelo nosso atual quadro de insegurança pública?
Certamente, estão bem protegidos, nas suas respectivas fortalezas, compradas
com o dinheiro do nosso suor. Diante disso, aproveito para dar os parabéns aos
servidores da Brigada Militar e os da Polícia Civil. Parabenizo tais
profissionais, porque, ainda que sofram em decorrência da desvalorização, eles
percorrem uma estrada inversa àquela percorrida pela fração omissa das nossas
autoridades.
Portanto, para deixar de sermos
reféns da criminalidade, precisamos exigir uma postura correta e coerente das
autoridades que teimam em ser omissas. Não estaremos pedindo um favor, mas sim
exigindo os nossos direitos. Além disso, acredito que não precisamos perder
nossos entes queridos em função do avanço da criminalidade.
Publicado:
Diário de Santa Maria, RS - 09/2016
A falta de segurança pública ainda é um dos principais assombros nas ruas do Brasil.
ResponderExcluirMuito bom!
A onda de criminalidade tem avançado. Diante desse avanço, não podemos cruzar os braços.
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