sexta-feira, 20 de maio de 2016

Insegurança Pública (2014/2015)

         

           Segundo o Artigo 6° da Constituição Federal Brasileira, segurança é um direito social de todos os cidadãos. Entretanto, em decorrência do descumprimento desse parágrafo constitucional, observamos, diariamente, a exposição de Santa Maria às consequências do avanço da criminalidade. Além disso, percebemos também que não estamos contando com boa vontade política por parte – de uma fração considerável – dos nossos gestores públicos.
          Infelizmente, na cidade universitária, devido à crise da segurança pública, os papéis estão invertidos. Escrevo isso, porque notei que os cidadãos estão aprisionados dentro de casa, enquanto determinados grupos criminosos propagam, dos bairros periféricos ao Centro, o medo e a insegurança. Nessa última semana, do mês de julho, após os dois sequestros relâmpagos ocorridos em santa Maria e noticiados pelo Diário, tornou-se nítido o abandono das questões referentes à segurança pública por parte dos nossos gestores. Além disso, ficou evidente também a apatia do poder público, visto que, em nenhum momento, ele emitiu nota evidenciando algum posicionamento diante desse cenário de terror que assola a sociedade.
           Diante disso, perguntei-me: onde vivem os senhores que prometeram segurança em troca do meu voto? Confesso que, devido à ausência da segurança pública, evito, ao máximo, andar pelas ruas após as 22h. Recordo-me de um fato ocorrido na distante segunda-feira da semana passada: notei-me radiante ao perceber as centenas de vagas em cursos técnicos que foram disponibilizados aos cidadãos de Santa Maria, gratuitamente, pelo Sisutec. No entanto, após a alegria inicial, percebi-me perplexo em relação à situação dos cidadãos que terão de optar pela especialização no período noturno. Isso porque eles optarão pelo aperfeiçoamento técnico, expondo-se à insegurança cotidiana. Assim, constato que a criminalidade sequestra também a nossa oportunidade de progresso profissional. Espero também que nossos gestores públicos abandonem o estado de sonolência no qual se encontram.

         Percebemos, portanto, claramente a necessidade de mudança nesse nosso quadro de insegurança social. Como diz a campanha do grupo RBS: Santa Maria Somos Nós. Em decorrência disso, faz-se necessário que lutemos por uma cidade universitária mais segura. Lembro ao leitor que não estaremos pedindo nenhum favor para as nossas autoridades, mas, sim, exigindo o cumprimento do que está previsto em nossa Constituição. Sinceramente, acredito, e muito, que podemos viver em uma Santa Maria mais próspera e, principalmente, mais segura do que esta que, momentaneamente, evidencia-se aos cidadãos.  





Publicado:



Diário de Santa Maria, RS - 2014/2015


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