Segundo o Artigo 6° da Constituição
Federal Brasileira, segurança é um direito social de todos os cidadãos.
Entretanto, em decorrência do descumprimento desse parágrafo constitucional,
observamos, diariamente, a exposição de Santa Maria às consequências do avanço
da criminalidade. Além disso, percebemos também que não estamos contando com
boa vontade política por parte – de uma fração considerável – dos nossos
gestores públicos.
Infelizmente, na cidade
universitária, devido à crise da segurança pública, os papéis estão invertidos.
Escrevo isso, porque notei que os cidadãos estão aprisionados dentro de casa,
enquanto determinados grupos criminosos propagam, dos bairros periféricos ao Centro,
o medo e a insegurança. Nessa última semana, do mês de julho, após os dois sequestros
relâmpagos ocorridos em santa Maria e noticiados pelo Diário, tornou-se nítido
o abandono das questões referentes à segurança pública por parte dos nossos
gestores. Além disso, ficou evidente também a apatia do poder público, visto
que, em nenhum momento, ele emitiu nota evidenciando algum posicionamento
diante desse cenário de terror que assola a sociedade.
Diante disso, perguntei-me: onde vivem os senhores que prometeram
segurança em troca do meu voto? Confesso que, devido à ausência da segurança
pública, evito, ao máximo, andar pelas ruas após as 22h. Recordo-me de um fato
ocorrido na distante segunda-feira da semana passada: notei-me radiante ao
perceber as centenas de vagas em cursos técnicos que foram disponibilizados aos
cidadãos de Santa Maria, gratuitamente, pelo Sisutec. No entanto, após a alegria
inicial, percebi-me perplexo em relação à situação dos cidadãos que terão de
optar pela especialização no período noturno. Isso porque eles optarão pelo
aperfeiçoamento técnico, expondo-se à insegurança cotidiana. Assim, constato
que a criminalidade sequestra também a nossa oportunidade de progresso
profissional. Espero também que nossos gestores públicos abandonem o estado de
sonolência no qual se encontram.
Percebemos, portanto, claramente a
necessidade de mudança nesse nosso quadro de insegurança social. Como diz a
campanha do grupo RBS: Santa Maria Somos Nós. Em decorrência disso, faz-se
necessário que lutemos por uma cidade universitária mais segura. Lembro ao
leitor que não estaremos pedindo nenhum favor para as nossas autoridades, mas,
sim, exigindo o cumprimento do que está previsto em nossa Constituição.
Sinceramente, acredito, e muito, que podemos viver em uma Santa Maria mais
próspera e, principalmente, mais segura do que esta que, momentaneamente,
evidencia-se aos cidadãos.
Publicado:
Diário de Santa Maria, RS - 2014/2015
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