sábado, 18 de junho de 2016

O Joio e o Trigo (2015)

         Todas as profissões, quando mal exercidas, além de destruírem a vida dos indivíduos os quais a exercem, podem acabar com a vida dos cidadãos os quais recebem o fruto do trabalho exercido. Um mau médico, por exemplo, pode retirar a vida de um paciente. Assim como um mau professor pode destruir o futuro de um aluno. Da mesma maneira, um mau policial pode agir precipitadamente. Diante dessas evidências, sabendo que existem bons e maus profissionais, pergunto: é justo classificá-los em mesmo grupo?
       Ainda que as áreas da saúde e da educação representem alguns dos nossos pilares sociais, hoje escrevo a respeito de outro pilar não menos importante: o da segurança pública. Optei por esse setor visto que, não raro, os profissionais dessa área são injustamente apedrejados. Os que mais sofrem diante dos apedrejamentos são os policiais da Brigada Militar. Acredito que as críticas absurdas ocorram, visto que a parcela descontente esquece que, diariamente, para defendê-la, os militares da Brigada saem de casa sem saber se irão retornar ao convívio familiar. Em função disso, primeiramente, peço a reflexão a respeito das generalizações criminosas. 
        Sinceramente, não entendo o porquê de tais generalizações e dos apedrejamentos contra a Brigada Militar. Alguns indivíduos delirantes chegam a questionar a necessidade do uso de armas letais por parte da polícia. Percebo tal questionamento como um absurdo, visto que os criminosos estão cada vez mais equipados. A própria comunidade gaúcha, em geral, não avista no desarmamento da polícia uma solução para os empecilhos enfrentados pela segurança pública. Tal questão ficou evidente no programa Conversas Cruzadas, da TVCOM, quando, no último dia 28, uma pesquisa apontou que 88% dos que se manifestaram na enquete não enxergam excesso no uso de armas letais por parte da polícia.
         Em virtude dos fatores apresentados, faz-se necessário o reconhecimento do trabalho da Brigada Militar. Isso porque a existência de uma corporação desmilitarizada - e desmotivada - favorece apenas aos criminosos que almejam desmoralizar as ações da polícia. Por fim, gostaria de saber a quem os críticos da polícia recorrem quando, por exemplo, tornam-se vítimas de um assalto? Recorrem a quem?


Publicado:

Diário de Santa Maria, RS - 2014


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